O duelo é uma disputa em combate de confronto entre duas ou mais pessoas, motivadas, em geral, por desagravo à honra, desavenças individuais, familiares, em facções ou grupais, e outros tipos de confronto de cunho fortemente emocional, tais práticas são de e em geral, somente de cunho fortemente emocional.
Várias são as formas do duelo, inclusive sem a utilização de armas brancas ou de fogo; na forma de luta livre, ou também chamada "Apache", dentro de um círculo (às vezes de fogo, as noturnas).
De forma geral, cada duelante poderia ter um ou mais padrinhos, que o assessorassem. Cada duelo teria que ter um juiz imparcial, que fazia-se obedecer às regras tratadas préviamente, conforme ordenamento dessas leis que toleravam tais práticas, muito antigas, que quase sempre vitimava um ou mais dos duelantes que acabam em morrer, muitas vezes por "falta de socorro - proposital"; Pois "tinham perdido o duelo", ou seja, o perdedor somente tinha direito, e era apoiado pelos seus padrinhos; mesmo que tivesse um médico renomado do outro lado, "pois era uma questão de honra".
- Dr. Samuel Johnson, em A Dictionary of the English Language (1755), definia honra como tendo vários sentidos, o primeiro de que eram “nobreza de alma, magnanimidade, e um desprezo a maldade”. Esse tipo de honra decorre da percepção da conduta virtuosa e integridade pessoal da pessoa dotada com ele.
Por outro lado, Johnson também definiu em relação a honra a "reputação" e "fama", aos "privilégios de classificação ou nascimento", e como "respeito" do tipo da que "coloca um indivíduo socialmente e determina o seu direito de precedência. "Esse tipo de honra não é tanto uma função de excelência moral ou ético, pois é uma conseqüência do poder. Por último, no que diz respeito às mulheres, honra pode ser sinônimo de "castidade" ou "virgindade" ou, no caso de uma mulher casada, "fidelidade".
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A questão que coloco é a seguinte:
Será que na sociedade de hoje e para limitar direi a sociedade portuguesa, justificam-se os duelos?
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1 comentários:
Os duelos nunca deixaram de existir meu caro, foram no entanto substituídos por outras formas para além da "convencionada" como o meu caro apresentou.
Eu considero a retórica, a oralidade enquanto formas de Duelo quando existe um debate.
Agora igualmente existem regras, as quais podem diferenciar desde o "duelo" entre amigos, que debatem posições diferentes até a elementos de campos opostos para os quais o "debate" não passa de um campo de batalha!
Por vezes destes duelos nascem e outras vezes perdem-se amizades, quando os contendores não sabem quando parar ou destrinçar aquilo que se debate do quotidiano.
Muitas vezes o respeito ou o desprezo resulta nestes duelos.
Em todo o caso, a Honra continua a ter um papel muito importante.
Assim há aqueles para os quais a Honra assume um papel próprio.
Aqueles que se recorrem da honra para fazer valer um ponto, mas que estão prontos a descartar a mesma sem hesitar.
Aqueles que pura e simplesmente não têm o mínimo sentido de Honra.
E finalmente todo o espectro que permeia estes estados de Honra.
A forma como cada uma de nós se apresenta, pronuncia, declama, procede neste e nos demais espaços tende a apresentar uma imagem única pela qual é ou passa a ser conhecido ou visto.
Assim é irreal alguém pensar que pode andar a "chafurdar" neste espaço enquanto que noutro se arma em "puritano", tal é demonstrativo de uma forma de agir a qual se delineia perfeitamente nos Estados de Honra antes mencionados.
Daí o recorrer-se tantas vezes a clones, heterónimos, pseudónimos, etc. por forma a que a "honra" pessoal fique inalterada enquanto "brincamos" e pomos em causa a honra de quem escolhemos por alvo. Ou seja, recorre-se a subterfúgios, o que no campo da Honra igualmente quer dizer muita coisa em especial quando se é apanhado, em flagrante então e por norma é a "morte do artista".
Esta é mais uma situação perfeitamente enquadrável nos Estados de Honra anteriormente definidos por mim.
E por aí fora... tanto há do que falar sobre esta temática.
Por isso, a minha resposta é SIM. Os duelos têm um interessante ponto em si, mas NÃO, não da forma "tradicional" pela qual eram conhecidos!
Esses, não passaram na sua maioria de... um enorme desperdício. Os presentes... sempre servem para criar ou expor formas de estar e de ser, se assim se poder dizer tal coisa.
Paulo Especial.
http://www.monarquicos.com
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